O esporte mundial que mais tem adeptos é o futebol. Por ser assim tão famoso, o futebol deveria passar o conceito de respeito, companheirismo e acima de tudo da ética e justiça. Mas não é bem assim.
A história do futebol é muito antiga. Há indícios que os chineses no século III antes de cristo já praticavam algo parecido. Da China, passamos para Grécia e Roma até chegar às Ilhas Britânicas. No século XVII começou a tomar a forma que conhecemos hoje e, em 1863, as regras criadas dão ao futebol a sua cara na modernidade. Atualmente quem coordena as regras mundiais é a FIFA - Federação Internacional de Futebol.

Pois bem, estamos na modernidade e com ela vem o uso intensivo da tecnologia. Essa mesma tecnologia que já é utilizada em inúmeros eventos esportivos para verificar e definir se quem ganhou, ganhou mesmo.
Por que não utilizamos esse mesmo princípio ético de justiça no futebol?
O juiz (árbitro) já está atuando com um fone de ouvido nas partidas. Alguém, com a tecnologia adequada poderia, depois da primeira decisão do juiz, informá-lo se o que ele apitou está certo ou errado. Se estiver certo, segue o jogo. Se estiver errado, assume o erro, volta atrás definindo o certo e justo.
Os benefícios desse procedimento para os torcedores, que na verdade são cidadãos, são inúmeros:
- Exemplifica que as percepções podem estar equivocadas a primeira vista;
- Exemplifica que para ser justo e ético diante de um erro, temos que reconhecer o erro e voltar atrás em nossa decisão;
- Exemplifica que manter um resultado errado em função de uma primeira impressão não é justo e nem ético e pode levar as pessoas a seguirem esse pensamento como exemplo.
Se quisermos mudar a sensação de injustiça que as leis e regras criam, temos que mudá-la em coisas básicas, por exemplo, no futebol. Manter esse paradigma que a última palavra é a do juiz, mesmo errada, é manter a sensação de impunidade e que devemos levar vantagem em tudo, certo?!
Ser justo e ético é muito difícil. Requer que tenhamos consciência e alteridade acima de interesses pessoais. Mas ser justo e ético é única chance de sobrevivência de nossa espécie.